UM TEMPO QUE NÃO VOLTA MAIS...

ANTES DO MERCADO
Esquina da rua Deodoro com a rua Conselheiro Mafra, no século XIX, local onde futuramente seria erguida a primeira ala do Mercado Público.
PALÁCIO CRUZ E SOUZA
Em meados do século XVIII, época em que foi criada a Capitania de Santa Catarina e nomeado seu primeiro governador, o brigadeiro José da Silva Paes, foi também construído junto à praça da Vila de Desterro um prédio de três seções e dois pavimentos para ser a nova "Casa de Governo". Durante mais de um século, o palácio passou por diversas modificações, até que na mudança republicana uma grande reforma (1894–1898) foi realizada, adquirindo as características arquitetônicas preservadas até o presente.
UMA ESQUINA NOS ANOS 50
Bairro da Figueira, na esquina da rua Padre Roma com a rua Conselheiro Mafra, tendo ao fundo as águas da baía Sul.
FLORIANÓPOLIS, A TERRA DO JÁ TEVE
teve o Miramar.
Já teve o mar batendo no Mercado.
Já teve o Hotel La Porta.
Já teve charretes puxadas por cavalos.
Já teve...
A RUA DO PASSEIO, CAMINHO PARA A PRAIA DE FORA 
Conhecida hoje por rua Esteves Júnior, foi por muito tempo a única ligação terrestre do centro urbano e a praia de Fora, em direção ao forte de São Francisco de Xavier.
Caracterizou-se pela ocupação residencial. A sua proximidade da baía Norte e a relativa altitude em relação ao centro da vila tornaram-na muito procurada para o estabelecimento das chácaras e habitações mais retiradas. Seu conjunto arquitetônico, composto por construções coloniais, foi posteriormente enriquecido por uma série de edifícios de gosto eclético. Ali proliferaram as soluções arquitetônicas mais requintadas, guarnecendo-a de edifícios de acabamento mais apurado, já a partir das últimas décadas do século XIX.
A CHÁCARA DO HESPANHA

Três séculos e meio após os primeiros espanhóis terem aportado próximo à Ilha de Santa Catarina, na busca de uma rota para a Ásia pelo sul do continente americano, outro filho da terra de Cervantes desembarcou no Desterro. José Garrido Portella, mais conhecido por Hespanha, nascido na Galícia, chegou por volta de 1870 e ajudou a fazer a história da cidade. Com talento para as atividades comerciais, ele fez fortuna e adquiriu uma porção de terra no Centro que ficou conhecida como Chácara do Hespanha, que ainda hoje, mesmo com a explosão imobiliária, denomina os quarteirões que ficam entre as ruas Nereu Ramos, Marechal Guilherme, Visconde de Ouro Preto e Durval Melquíades de Souza.
A área onde está hoje o colégio Lauro Müller, construído em 1911, era uma espécie de jardim e uma das entradas da chácara. O outro acesso, que dava no casarão da família, era pela atual Santos Dumont, atrás da Igreja do Rosário. A propriedade onde José Garrido Portella viveu e criou os filhos, comprada em 1894, havia pertencido ao Marechal Guilherme Xavier de Sousa, que lutou na guerra do Paraguai e foi tutor do poeta João da Cruz e Sousa quando este era jovem.
ALFÂNDEGA
Em 1874, João Tomé da Silva, presidente da Província de Santa Catarina, autorizou a construção da nova sede da alfândega, em substituição a anterior, incendiada em 1866 por razões até hoje desconhecidas. O local escolhido não era o mesmo do prédio anterior, mas nas marinas, entre as ruas do Livramento e do Ouvidor, local então chamado Largo do Príncipe, por ficar sobre a rua de mesmo nome – a atual Conselheiro Mafra.
Textos: 1/3/4-Ricardo Borges, 2-Wikipédia, 5-Livro Florianópolis Memória Urbana de autoria de Eliane Veras da Veiga, 6-ndmais.com.br, 7-guiafloripa.com.br

Fotos: Coleção ELS, Acervo Sr. Napoleão, Acervo UFSC

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