PASSEANDO PELO CENTRO

RUA VIDAL RAMOS
Sua primeira denominação foi Rua da Palhoça, uma alusão ao Chafariz do Largo da Palhoça, fonte de água potável localizada onde hoje é a esquina com a Rua Jerônimo Coelho. Tempos depois passou a se chamar Rua 28 de setembro.
Por volta de 1750, sua união com a Rua do Passeio(atual Rua Esteves Júnior), formava a mais longa extensão viária organizada na época, ligando a Praia de Fora e o Forte São Francisco Xavier com a Praça Matriz(atual Praça XV).
Seu nome atual, Vidal Ramos, é uma homenagem ao político catarinense nascido na cidade de Lages.
O MORRO DO CEMITÉRIO...
...ocupava uma extensa área entre as ruas Duarte Schutel e Conselheiro Mafra, e impedia o prolongamento da rua Felipe Schmidt, em frente à qual situava-se o portão da necrópole.
Anos mais tarde após a retirada do morro e do cemitério, e com a inauguração da ponte Herciio Luz, formou-se na região um dos entroncamentos viários mais importantes da cidade, com as ruas Felipe Schmidt, Hoepcke, Duarte Schutel e a avenida Rio Branco.
Na esquina, a revenda da Ford, dos irmãos Amin, num registro fotográfico da década de 70, no século passado.
CASA DE CÂMARA E CADEIA
O governo local ou municipal nas colônias portuguesas era exercido por um Conselho ou Câmara, com atribuições executivas, legislativas e judiciárias. O povoamento ao atingir a categoria de vila, ganhava autonomia municipal, e escolhia entre seus "homens bons" um certo número de vereadores. Se contava com recursos e empenho para tal, a vila erguia um edifício típico para desempenhar aquelas atividades e servir simultaneamente às funções de prisão.
O prédio, construído entre os anos de 1771 e 1780 no lado leste da Praça Matriz, foi transformado arquitetonicamente, adotando linhas semelhantes às do Palácio do Governo, depois de sua reforma de 1895. Passou a apresentar uma decoração eclética e rebuscada, típica do final do século XIX e início do século XX.
ASILO DE ÓRFÃS SÃO VICENTE DE PAULA
A Irmandade do Divino Espírito Santo, fundada em 1773, passou a promover a criação de um asilo de órfãs a partir de 1897. O terreno, em frente a atual Praça Getúlio Vargas, foi doado em testamento por D. Maria Francisca de Paula Braga.
Inaugurado em 8 de setembro de 1910, passou por uma reforma em 1915, onde foi murado, colocou-se gradis de ferro e o prédio foi ampliado, com a ajuda de donativos diversos.
Anos mais tarde, foi sede do IPUF, Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis.
Textos: Livro Florianópolis Memória Urbana de autoria de Eliane Veras da Veiga

Fotos: Acervo UFSC, Adolfo Nicolich, Acervo Velho Bruxo

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