O TALENTO MUSICAL DOS MANEZINHOS

BANDA AMOR A ARTE
Em meados de 1897 existia no vilarejo de Desterro um “conjunto orquestral” que costumava abrilhantar as noitadas que o severo vigário permitia, sempre aos sábados. “A Orquestra dos Cupins”, como era chamado o conjunto, possuía seis integrantes, os jovens Indalicio Pires, Herminio Jacques, Maximiliano Freysleben, Francisco Cunha, João Caldeira de Andrade e Álvaro Souza. “Os Cupinianos” tocavam em duas flautas, dois vilões e dois violinos.
Muitas vezes outro jovem conhecido se juntava aos seis, tornando-se então a estrela da orquestra. Era o Mané do Padre – Manoel Livramento, Sargento Músico da policia do estado. E foi Mané do Padre que teve a idéia de fundar a banda. E assim, com os instrumentos que já possuíam e adquirindo outros mais, foi oficialmente fundada a Sociedade “Amor a Arte”, no dia 12 de outubro de 1897.
Sua sede atual é na Rua Tiradentes, 181.
A imagem abaixo é do início do século passado, mais precisamente no ano de 1908.
NEIDE MARIARROSA
Florianopolitana, nascida na rua Menino Deus, em 11 de abril de 1936, começou sua carreira no rádio, aos 13 anos de idade, como cantora. A partir de um concurso que venceu, começou a trabalhar na Rádio Guarujá e pouco tempo depois na Rádio Diário da Manhã, onde era cantora, radioatriz e locutora, nas décadas de 1950 e 1960.
Conhecida pelo timbre de voz e pela capacidade de fazer até quatro personagens diferentes em uma mesma radionovela, teve seu talento reconhecido por Elisete Cardoso, cantora de renome e sucesso nacional, que, após conhecer Neide durante a passagem para um show em Florianópolis, em 1962, convenceu a catarinense a ir tentar a carreira no Rio de Janeiro.
Na capital fluminense, gravou seu primeiro compacto e morou na casa de Elisete Cardoso entre 1964 e 1970, quando teve a oportunidade de conhecer grandes nomes da música como Baden Powell, Elis Regina e Jacob do Bandolin.
Entre suas atividades, estrelou o espetáculo Sua Excelência, o Samba, que ficou durante quase um ano em cartaz no Golden Room do tradicional Copacabana Palace. Além disso, participou, em 1967, do II Festival Internacional da Canção, quando classificou composições de Edu Lobo e Paulo Gustavo da Silva Constanza entre as 20 finalistas e ficou com o segundo lugar na premiação de melhor intérprete do festival, perdendo para Milton Nascimento.
Participou de outros festivais de música, como o de Juiz de Fora, onde foi escolhida a melhor intérprete, e a I Bienal do Samba de 1968, quando defendeu a música Protesto Meu Amor, de autoria de Pixinguinha.
Na TV, apresentou-se em programas como o do apresentador Flávio Cavalcanti e Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte-Preta. Foi, inclusive, durante o primeiro programa que participou de Stanislaw Ponte-Preta, que Neide, por sugestão de Elizete Cardoso, junta o "Maria" e o "Rosa" de seu nome, e passou a assinar artisticamente como "Neide Mariarrosa".
Em 1965, a prefeitura de Florianópolis lançou um concurso para escolher uma música que representasse a Capital dos catarinenses. Na ocasião, o amigo e poeta Zininho convidou Neide, então a mais famosa cantora do Estado, para interpretar seu Rancho de Amor à Ilha, que ele havia composto especialmente para o concurso. Acompanhe a sua interpretação no áudio abaixo.
Na imagem da década de 50, pose para foto no intervalo de um dos programas que ela apresentava na Rádio Diário da Manhã.



BANDA MARCIAL DA AERONÁUTICA

Composta basicamente por militares da Aeronáutica da Base Aérea de Florianópolis, sempre participou dos eventos mais importantes da capital catarinense. Na imagem abaixo, uma multidão na praça XV acompanha sua apresentação no desfile de 7 de setembro de 1959.
Textos: 1-sociedademusicalamoraarte.blogspot.com, 2-Facebook/Neide Mariarrosa,
3-Ricardo Borges

Fotos: Coleção Helbio Cabral, Acervo UFSC, Acervo Família Comicholi

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