RUAS DE FLORIANÓPOLIS

RUA FELIPE SCHMIDT

A partir de 1926 a rua sofreu um processo de renovação arquitetônica, ao se tornar um importante eixo de ligação com a Ponte Hercilio Luz. Vários cortes alteraram o seu perfil.
Foi alargada por volta da década de 30, o que provocou uma modernização edilícia, afastando-a da sua velha aparência colonial. Os prédios antigos tiveram que ser demolidos, ao exigir-se um recuo; outros tiveram suas fachadas reformadas, adotando uma decoração eclética. Alguns, especialmente construídos por grandes e tradicionais firmas comerciais da cidade, passaram a adotar linhas similares, caracterizando visual próprio da empresa. Tais prédios podem ser observados ainda hoje.
Nas décadas de 40 e 50 teve seu leito rebaixado na sua parte final, que dá acesso a Ponte Hercilio Luz, a fim de descongestionar o tráfego de veículos.
E na década de 60, conforme a imagem abaixo, podemos ver os "rapázi" dando uma espiada no movimento da rua, a partir da praça XV.
TENENTE SILVEIRA

No final do século XIX foram procedidas escavações que alteraram o seu perfil e pavimentação. Nas primeiras décadas do século XX tiveram início as obras de alargamento desta via. Em 1926, o governo do Estado arrendou para a Irmandade de São Francisco um terreno de sua propriedade na esquina da Rua Tenente Silveira com a praça XV de Novembro, onde na época funcionava a administração da Loteria do Estado, desde que a referida Irmandade liberasse a área quando do alargamento da rua.
Na imagem abaixo, o Edifício das Diretorias, na esquina com a rua Deodoro.
RUA PADRE MIGUELINHO

Pequena no tamanho e gigante na história. Está é a Rua Padre Miguelinho, que com apenas 100 metros de extensão abriga grandes ícones da arquitetura Florianopolitana. A Catedral Metropolitana, o Palácio do Arcebispado e a Casa da Memória convivem em harmonia com representantes do modernismo, como o Banco do Brasil, a sede da Previdência e o outrora Cine São José, hoje um templo religioso.
Miguel Joaquim de Almeida e Castro, conhecido como Padre Miguelinho, nasceu em Natal em 17 de setembro de 1768, filho do capitão português Manoel Pinto de Castro e de Francisca Antônia Teixeira. Foi um revolucionário brasileiro conhecido por sua atuação na Revolução Pernambucana, razão pela qual foi condenado pelo crime de lesa-majestade e arcabuzado no dia 12 de junho de 1817, sendo enterrado no Cemitério do Campo da Pólvora.
Na imagem abaixo, o Banco do Brasil em construção, onde antes havia a casa dos Gama d'Eça. Ali residiu Manuel de Almeida da Gama Lobo Coelho d'Eça, Marechal e Barão de Batovy, sumariamente fuzilado na Ilha de Anhatomirim.
Texto: 1/2-Livro Florianópolis Memória Urbana de autoria de Eliane Veras da Veiga,
3-Ricardo Borges, Wikipédia e Henrique D'eça Neves.
Foto: Coleção ELS, Velho Bruxo, Acervo Família Comicholi

Nenhum comentário: